Cansado do movimento Que percorre a linha recta Fui ficando mais atento Ao voo da borboleta Fui subindo em espiral Declarando-me estafeta Entre o corpo do real E a veia do poeta
Mas ela não se detecta À vista desarmada E o sangue que lá corre Em torrente delicada É a lágrima perpétua Sai da ponta da caneta Vai ao fim da via láctea E cai no fundo da gaveta
Ai de quem nunca guardou Um pouco da sua alma Numa folha secreta Ai de quem nunca guardou Um pouco da sua alma No fundo duma gaveta Ai de quem nunca injectou Um pouco da sua mágoa Na veia do poeta. Carlos Tê
A minha alma glorifica o Senhor * E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva: * De hoje em diante me chamarão bem aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: * Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração * Sobre aqueles que o temem. Manifestou o poder do seu braço * E dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos * E exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens * E aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, * Lembrado da sua misericórdia, Como tinha prometido a nossos pais, * A Abraão e à sua descendência para sempre Glória ao Pai e ao Filho * E ao Espírito Santo, Como era no princípio, * Agora e sempre. Amen.