Dizem-me que Jesus veio ao deserto para rezar,
para enfrentar conflitos fortes,
para ir mais longe na compreensão,
da sua identidade,
da sua missão,
para encontrar a presença de Deus.
Estes são os dias fortes.
Os dias do treino e da luta.
da mochila leve e do passo rápido.
Tempo de caminhar e discernir,
de conversão e decisão.
Tempo das tentações e da graça
no deserto e no silêncio.
É o tempo dos projectos de vida,
das decisões e das rupturas
e, às vezes da transfiguração.
É o tempo da humanidade ferida
que anseia por terra prometida.
São os dias das tentações,
dos tabores e das conversões,
da cegueira curada e da água viva.
Tanto em apenas quarenta dias!
Este é o tempo das pessoas novas,
daquelas que cortaram as amarras
de ídolos falsos e vaidades ocas.
Daqueles que se deixam guiar apenas
pelo desejo grande
de caminhar até ao abraço
de um Pai misericordioso.
(Revista Catequistas nº26)
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